Mostrando postagens com marcador Cira Munhoz. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Cira Munhoz. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 26 de outubro de 2010

ASSUMAM O RISCO DA AUTENTICIDADE


Então... nosso templo  tem se tornado um pequeno campo de batalha! Ânimos exacerbados,  discussões acaloradas sobre questões meramente humanas... Isso é bom ou ruim?
Vocês podem responder ?  Alguns dirão: sim isso é bom, que cada um se agrupe com seus afins. Outros dirão: isso é ruim, pois divide irmãos que deveriam se unificar.
Eu diria que todos estão certos em suas respostas. É muito bom que os afins se reúnam. É ruim que irmãos fiquem divididos. Mas o que os divide? Ego. Pura e simplesmente o ego. Pois poderiam ser sinceros em suas opiniões  aceitando que o outro não são vocês. Cada um tem seu próprio campo energético, seu grau evolutivo, seu aprendizado a fazer.
E esse ego se infla quando cada qual quer ter a razão sobre os assuntos pautados. Usem dessas discordância  num grande exercício de desapego e de autenticidade.
Já falamos anteriormente sobre  tirar finalmente as máscaras. É necessário e urgente.
Mas, o que são essas máscaras? É necessário que duelem para que ela caia? Certamente que não.
Vocês estão aprendendo a serem autênticos, hoje têm a coragem de serem honestos em suas cogitações, o discernimento chega a todos de forma irrefutável.
Apenas, isso poderia ser feito de forma mais inteligente. Sem contendas. É  preciso ser autentico, mas é necessário também discernir os limites da franqueza. E esse limite só se fará se houver amorosidade.
Eu disse: amorosidade, não bajulação. Tenho ouvido nesta dimensão  muito ruído. Alguns achando que ser amoroso é bajular, concordar ( verbalmente) e discordar na mente e espírito.
Assumam o risco da autenticidade. É o ponto de partida para que sejam finalmente reais e verdadeiros. Não é preciso para isso se voltarem contra tudo e contra todos. Isso deixa de ser autenticidade e passa a ser revanchismo.
Esse é um templo onde se pauta a reconstrução humana. Re-construir é destruir o velho, o gasto, o desnecessário. E bajular, aceitar velhos paradigmas os torna velhos alunos repetindo velhas lições.
A atualidade humana prima pela conceitualização, e ainda que queiram renovar-se, continuam presos a conceitos arcaicos e gastos.
É lícito e proveitoso discutirem questões humanas, é saudável as opiniões serem manifestadas, porque essa troca fará com que todos cresçam e aprendam.  Não há o certo ou errado, pensar que existem é conceitualização.
 É fazer e construir o pré-conceito de que se deve falar  e agir somente com palavras doces. Percebam que os grandes mestres deixaram suas lições sem medo de serem taxados de rudes e desprovidos de amorosidade.
Eles não diziam apenas coisas bonitas e para agradar o coração do irmão, ou como vocês dizem: ficar bonito diante do outro.
Eles diziam verdades, e nem todos estão prontos para ouvir e viver as verdades alheias, tão convencidos estão das suas próprias.
Muitos bajulam e apóiam o irmão de forma doce em palavras buscadas na espiritualidade e não a sentem, e se o coração não sente dessa forma, as palavras são vãs e desnecessárias.
Vocês precisam desidentificar-se. Isso porque ainda se identificam com velhos parâmetros que precisam ser mudados. Identificam-se porque querem ser aceitos e reconhecidos como bons.
Ser bom não é ser conivente com todos os aspectos e pessoas. Ser bom é querer dar o seu melhor, da melhor forma possível.
Os grandes homens, grandes avatares que estiveram neste plano terreno nem sempre foram vistos como bons ou amenos. Muitas vezes foram incompreendidos e difamados, por quê?
Porque foram autênticos . Assumiram o risco da autenticidade ainda que de forma sublime e amena. Realizaram suas missões sabendo que muitas vezes seriam criticados duramente e poucos ouviriam ou aprenderiam o que ensinavam.
Ainda hoje é assim e o será por muito tempo, mas a humanidade caminha para a grande descoberta da liberdade.  A verdade os libertará.
Mas, há que se entender que cada um tem a sua verdade. Respeitem-na.  Respeitar as verdades alheias é um grande passo para se tornarem livres.  Ainda que discordando total e literalmente do outro, respeitem.
Respeitar, não bajular.
Por que estou sendo redundante sobre bajulação? Porque tristemente vejo irmãos com a alma impregnada de ressentimento se abraçarem, dizerem coisas suaves e de alto teor espiritual sem senti-las em seus corações.
 Sejam antes de tudo autênticos, se irmãos se afastarem, desapeguem-se e deixem-nos livres para seguir seus caminhos. Sem afetação, sem constrangimentos. A verdadeira oração é honesta e sincera.
E, quando essa prece de relacionar-se se baseia na falsidade, muito em breve ressuscitará o olho por olho, dente por dente.
A verdade que ouvirem  e lhes tocar o coração será a sua própria verdade. A verdade que não os tocar descartem. Autentica e sinceramente, mesmo que isso proporcione afastamentos.
Parece-lhes arbitrário isso? Eu lhes digo que não é. Cada um se reunirá com os de sua mônada e vibração espiritual, cada um em seu campo evolutivo. Ser autentico é evoluir e deixar para trás o medo. O medo de não ser aceito, entendido, e bajulado.
O que farão quando deixarem o corpo? Acaso levarão consigo as opiniões alheias? Serão elas garantia de salvação espiritual, ou de ascensão?
Ao contrário, na grande balança se pesará a sinceridade na atuação terrena. A autenticidade do coração será sim a diretriz do próximo caminho a que serão destinados.
Digo-lhes que existem  grandes religiosos nos umbrais e reinos abissais, e ferrenhos ateus em campos celestes.
 Grandes religiosos que usaram de bajulação e falsidade tiveram em suas lápides palavras bajuladoras e falsas, porque o discípulo imita o mestre.
 Ferrenhos ateus em atitudes cristãs viveram e deixaram viver. Foram autênticos em suas verdades.
Entendam que podem ser sinceros e autênticos, mas podem estar errados perante os outros.
O que é necessário é entenderem que não é perante  aos outros que devem estar corretos, e sim perante o Eu Interno, o Cristo Interno, inerente a vocês.
Sejam autênticos em suas verdades, despojem-se do medo da não aceitação alheia. Aceitem-se como são.
 Não é preciso para isso combater ou ser combatido, mas o confronto por vezes proporciona o crescimento se um dos lados entender e aceitar a verdade do outro.
Voces serão repudiados por muitos, desprezados por muitos, mas terão a consciência de que fizeram valer a honra e a coragem de serem verdadeiros
Assumam o risco da autenticidade, isso fortalecerá laços que precisam ser fortalecidos e desvanecerá ilusórios laços de amor e aceitação.
Sejam mestres de si mesmos, a isso vieram. É essa a lição que lhes cabe aprender.
Lembrem-se do grande mandamento: amar ao outro como a si mesmo. E, para amar o outro é necessário que aprendam a amar a si próprios. E somente com autenticidade o conseguirão.
Quando vocês estão bem, conseguem fazer o bem. Quando estão forçando-se em ser gentis, amorosos,  esperando que o outro mude “de lado” estão praticando a mesma falsidade que apontam no outro.
Não tenham medo de serem vocês mesmos. Isso é evoluir, crescer, aprender e até ensinar, pois, quando o outro verificar que tomaram postura diante da vida com sinceridade, aprenderão a respeitar  e tentarão também se posicionar com suas próprias verdades.
A verdade os libertará. E a verdade só existe na autenticidade de intenções e atitudes.
Seu irmão no trabalho de reconstrução,
Hanrei Won
17-10-2010
FONTE:http://telepatas.ning.com/forum/topic/show?id=3441329%3ATopic%3A122806&xgs=1&xg_source=msg_share_topic